O Amor Mora Aqui
Nossa viagem de um ano foi a bordo de uma Defender 1996 por um trecho da América do Sul. Percorremos 20 estados brasileiros e passamos pelo Peru, Bolívia, Argentina, Chile e Uruguai, em um total de 39.457 km.
A ideia da viagem nasceu do ímpeto de romper certas fixações a que as vezes a gente se obriga, como carreira, sucesso, ambição e objetivos bem definidos. Planejamos pouco nossa aventura, até por sermos muito inexperientes com viagens deste tipo: nunca mochilamos, nunca acampamos, nunca moramos num carro. O que haveria de se planejar?
Os dias se apresentam como um presente, acabamos em lugares e situações inusitadas. A vontade era de conhecer muitas culturas, conhecer as pessoas, conhecer nosso Brasil e nossos vizinhos e o carro foi o mediador que encontramos para ter uma casa onde quer que estivéssemos. Uma viagem assim possibilita que a gente se aproxime bastante das pessoas. Acabamos por morar por um tempo em cada lugar; frequentar o mercado, a quitanda, a farmácia, a praça. Nasceu também da nossa vontade de viver, de conhecer, de estar junto.
Batizamos o nosso projeto de “O Amor Mora Aqui” sem saber que era exatamente o que encontraríamos e cada vez mais estamos descobrindo o amor nas pessoas. Nos tornamos conscientes da oportunidade que tivemos de sentir um lado do mundo que nos apresentou o oposto do sufocamento que a rotina da cidade grande nos faz sentir. Experimentamos a bondade, o otimismo, a entrega, a confiança e o acolhimento. Pessoas desconhecidas abriram suas casas para nós, nos presentearam, nos ajudaram, queriam participar de alguma forma. Cada lugar que a gente ficou foi um aprendizado, uma lição de amor. Nos lançamos confiando no mundo e o mundo confiando em nós.
A viagem é pra fora e pra dentro. Temos a todo tempo que treinar a falta de controle, a imprevisibilidade, encarar as coisas que a gente teima em dizer que são externas mas que, na verdade, são internas. O que nos irrita, o que nos frustra, o que nos entusiasma. Isso é um aprendizado enorme. E em uma aventura assim, tudo é muito intenso porque não temos muitas zonas de conforto. Não temos onde nos esconder.
É uma alegria se sentir potente depois de realizar isso e para realizar tantas coisas mais. Nos dias em que a gente fica lembrando dos meses antes de sair, que ficávamos pensando se tudo daria certo e como seria, enxergamos que, agora realizada, a viagem foi muito melhor do que qualquer coisa que pudéssemos imaginar. Também nos alegramos todos os dias de ter tido essa oportunidade. Manter essa postura de viajante é também uma coisa que queremos levar pra sempre: a abertura, a consciência, a presença. A rotina normal das cidades muitas vezes abafa o quão preciosa e curta é vida.
Esperamos incentivar as pessoas a seguirem seus sonhos e seu coração.
Sobre O AMOR MORA AQUI – Bruna Fiori e Danilo Fiori
Uma viagem de um ano foi a bordo de uma Defender 1996 por um trecho da América do Sul (18/04/2016 a 06/05/2017)
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Que coisa mais linda esse relato! Que dádiva mais linda ter conhecido vocês, e dividido momentos de puro amor! Saudades do casal mais ‘spilicuti’ do mundo, beijos!
Muito obrigada pelo comentário e participação Monique. Boas Aventuras!