Expedição Caminho Livre
06/11/2016 a 05/12/2017 : Bruno Negri e Mariana Dall’Orto Mello Rodrigues
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Uma despretensiosa voltinha pela América do Sul: assim começou a Expedição Caminho Livre.
Saindo de Floripa, não criamos muitas expectativas sobre o que encontraríamos. Mais precisamente nem sabíamos por onde passaríamos. Envoltos na correria do mundo corporativo, pouco conseguimos nos dedicar a viagem além das horas que o Bruno investiu preparando a Mimosa, nossa Defender 90. Aliás, a Mimosa foi definitivamente o maior passo em direção ao sul. Dois dias antes da partida decidimos: temos que ter um nome para a viagem. E por ele, que nossos amigos e familiares possam procurar por fotos e relatos nesse mês de aventura, então surgiu a Expedição Caminho Livre.
Nosso roteiro foi delineado pelas dicas que recebemos dos amigos (conhecidos ou não). Plotamos todas no mapa e tivemos uma ideia de trajeto e grandes números: sim, pois um Economista e uma Engenheira mesmo de férias precisam de números.
Carretera Austral para ‘nosotros’ nada mais seria que uma rodovia no sul de algum lugar. Perito Moreno, um cidadão com trabalho forense com uma camada de melanina mais reforçada. Sabíamos bem do Ushuaia: o fim do mundo. De lugar em lugar mirávamos as atrações nos próximos quilômetros. Antes do aplicativo iOverlander caímos em algumas roubadas. Termas de Balde, Termas de Cacheuta, entre outras. Com certeza, as partes mais engraçadas da viagem.
Além dos tradicionais pontos turísticos, pela falta de um planejamento detalhado, caímos em lugares maravilhosos. O Parque Siete Tazas, ao sul de Santiago, Chile, é o melhor exemplo. Recomendamos fortemente para quem vai para lá. A Carretera Austral, principalmente depois de Chaltén, é embasbacante. O pouco tempo que tivemos para aproveitar já nos causa saudade. Paisagens absurdamente necessárias aos olhos carentes de beleza natural. O glaciar Perito Moreno e Torres del Paine são igualmente estupendos, verdadeiras maravilhas do nosso planeta.
O Bruno sempre queria muito um acampamento “wild”. Manana, um banheiro. Das 27 noites dormimos em 15 na nossa Blue Camping Expedition, 3 pelo Couch Surf, e o resto em motéis e hotéis de estrada. Das 15 noites acampados, 5 foram Wild, e 10 em Campings. A Mimosa abastecida com comida, mesa, fogareiro e 25L de água potável era capaz de nos propiciar conforto em qualquer ambiente. Banho pelado no lago gelado também é conforto, dizem.
Perrengues com a Mimosa tivemos poucos. Consumo além do imaginado de combustível em função do peso, aerodinâmica e vento nos deixaram sem diesel uma vez. Mangueiras e alternador, noutras três. Nada que não tenha sido resolvido ou pelo McGiver a bordo, ou com ajuda dos Amigos Land Rover na América Latina.
Depois de 12.857km, muitos amigos, um álbum de memórias com fotos inesquecíveis, muito diesel e histórias para contar e uma saudade absurda, voltamos para casa no 28º dia. A próxima? Tá marcada! É um Caminho Livre . . .
Também sou de Floripa, e saímos (eu e minha esposa) praticamente na mesma data para o Ushuaia.
Um pouquinho mais, teríamos nos encontrado na mesma ruta!
Muito obrigado pela sua participação e contribuição Enio. Boas aventuras!