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Nosso destino reservou não apenas belos trajetos, mas também uma introdução a um novo mundo misterioso, debaixo de nós e dos nossos pneus. Situado no coração da Mata Atlântica no alto do Vale da Ribeira, o PETAR é a “Capital das Cavernas no Brasil”.
TRÊS CAVERNAS EM UM SÓ DIA
Texto & Fotos: Robert Ager & Grace Downey
PETAR, o Parque Estadual Turístico do Alto da Ribeira, junto com um mosaico de outras unidades de conservação na região de Paranapiacaba, forma uma das maiores áreas de Mata Atlântica preservada no Brasil. Porém, é mais conhecido pela intensa rede de túneis sob a sua superfície, com mais de 300 cavernas registradas.
Com apenas três dias aqui, queríamos fazer o máximo possível e aproveitar a maior parte do nosso tempo, e assim decidimos explorar três cavernas em nosso primeiro dia: Santana, Morro Preto e Couto. Todas elas podem ser facilmente alcançadas a partir do Núcleo Santana, onde você também vai encontrar um centro de visitantes, água potável, banheiros e áreas de piquenique muito agradáveis, à beira do rio.
Devido à segurança e preservação, é obrigatório levar um guia, o que realmente torna o dia muito mais interessante. Nosso guia, o conhecido Kisuco, não apenas garantiu que mantivéssemos o ritmo, mas também nos cativou com suas várias histórias e experiências de vida. Além disso, ele conseguiu fazer com que esquecêssemos o quão fora de forma estávamos.
Se você acha que depois de ter conhecido uma caverna você já viu tudo, está totalmente enganado. Elas são muito diferentes, cada uma com sua própria personalidade e caráter. A Santana, a apenas 5 minutos a pé do núcleo, foi a primeira e também a maior. Bem estruturada, com escadas e passarelas acima do rio, é uma boa escolha para começar.
Não importa quantas vezes você já esteve em uma caverna, você ainda sente um pouco de apreensão quando você entra e a luz desaparece, a temperatura cai e a escuridão predomina. Tudo isso até que as lanternas se ascendem, e então você se da conta que adentrou em um mundo mágico subterrâneo de belas estalactites, estalagmites e formações rochosas maravilhosas. Explorando um túnel após o outro, deixando nossas mentes imaginar todos os tipos de formas estranhas e admiráveis, nem vimos o tempo passar até que emergimos para a luz novamente.
Nossa segunda caverna foi a Morro Preto e apesar de ser uma breve visita devido ao fato de que apenas uma parte desta enorme caverna é aberta ao público, ainda assim foi muito memorável. Depois de uma pequena subida, chegando até uma espécie de mirante, olhamos para trás – para a entrada da caverna, e percebemos que estávamos no meio de uma enorme catedral natural de rocha esculpida.
Após uma rápida parada para o almoço na beira do rio, voltamos para nossa última caverna do dia, a Couto. Mais uma vez, muito diferente das outras! Primeiramente, porque desta vez tivemos que percorrer o próprio rio durante grande parte do caminho, às vezes chegando até a cintura. Também porque, ao contrário das outras duas, desta vez, entramos por um lado e saímos por outro.
Antes que nos déssemos conta, estava escurecendo e já estávamos de volta no carro, retornando ao vilarejo. Cansados, mas completamente satisfeitos, voltamos ao nosso chalé para um banho rápido, antes de sair para jantar. Aberto ao público e não apenas aos residentes, o Bar Mangarito é “o lugar” para estar depois de um dia ativo de aventuras. Pizza é a especialidade e não decepcionou, mas a maior surpresa foram as caipirinhas especiais preparadas pelo Junior, o próprio dono. Certamente uma das melhores que já provei, e olha que já foram muitas! Basta dizer que, depois de algumas bebidas e um delicioso jantar, estávamos prontos para descansar, e dormimos como bebês. Mas não por muitas horas!
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