PRAIA E SERRA – Ilha Comprida até Morretes

Texto & Fotos: Robert Ager

Uma região pouco conhecida entre a Serra do Mar e o oceano, na divisa de São Paulo com o Paraná, mais uma vez mostrando que o Brasil tem muito a oferecer.

IGUAPE

Saindo da Régis Bittencourt e descendo uma das encostas mais sossegadas da Serra do Mar, cruzamos as águas escuras do Rio Iguape, antes de chegar à cidade de mesmo nome.

Esta cidade colonial, e as vezes pitoresca, tem uma impressão sonolenta e um olhar um pouco abatido, parecendo ter sido esquecida.

ILHA COMPRIDA

Com o possível mau tempo a caminho, decidimos atravessar para a Ilha Comprida e ver a condição da rota e as regras para dirigir até o seu ponto sul. Devido à falta de estradas e o desejo de proteger um dos últimos campos de dunas intocados no estado de São Paulo, há um trecho de quase 20 km em que é obrigatório dirigir pela praia, juntando as duas partes da ilha.

A Ilha tem crescido ao longo dos anos e os primeiros quilômetros na área do Boqueirão, rumo ao sul, podem ser um pouco monótonos, com uma grande avenida alinhada à tradicional oferta de lojas, restaurantes e pousadas. No entanto, 15 minutos depois, todas as estradas se tornam de terra, serpenteando entre as pequenas comunidades e o oceano.

Quando chega a Pedrinhas, a estrada termina e você é direcionado à praia para percorrer o último trecho de quase 20 km até o extremo sul da ilha. Durante a próxima hora, curtimos muito e parecia que estávamos dirigindo no céu.

Deslumbrante areia branca, lindo oceano azul à nossa esquerda e os campos de dunas à nossa direita. O sol brilhando, janelas abertas e o vento renovador batendo na nossa cara — o que mais poderíamos querer?

Em termos de percurso, na maré baixa tudo é muito seguro e fácil – há apenas alguns pequenos riachos que você precisa atravessar com cautela. É um verdadeiro prazer e privilégio poder dirigir em qualquer praia, e é sempre bom lembrar que é nosso dever respeitar a natureza e dirigir com responsabilidade.

Infelizmente, logo tivemos que deixar a praia e seguir nosso caminho para o pequeno porto, onde pegamos a balsa para o continente, chegando à cidade de Cananeia.

SERRA DA GRACIOSA

A partir daqui, voltamos pela serra até a Régis novamente, entrando no Paraná e descendo a bela Serra da Graciosa.

Seguindo o tradicional Roteiro dos Tropeiros, essa maravilhosa estrada de paralelepípedos é uma alegria para percorrer. Ziguezagueando o caminho através da floresta tropical até chegar a Morretes.

No caminho há muitos lugares para descansar, beber alguma coisa e experimentar as famosas, e deliciosas, coxinhas de mandioca. 

Encontramos também nosso amigo Renato, que viajaria conosco durante os próximos dias, compartilhando seu conhecimento da área local.

MORRETES

No início da noite, sentamos em um bar de Morretes, com vista para o belo rio abaixo, e desfrutamos uns petiscos e bebidas trocando histórias e planejando os próximos dias. Um final perfeito para um ótimo dia.

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