Veja esta matéria na íntegra na Edição #4 da REVISTA OVERLANDER
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Bem próximo do litoral norte de São Paulo, Ilhabela oferece tudo o que queríamos para um ótimo fim de semana: maravilhosas praias, trilhas espetaculares e um ambiente de “vida na ilha”.
ESTRADA DO SUL
Texto & Fotos: Robert Ager
Em vez do trajeto tradicional pela Rodovia Tamoios para a praia, optamos por um pouco mais de emoção — uma experiência diferente, descendo a serra entre a Mata Atlântica. Partimos em busca da Estrada da Petrobras, ou como também é conhecida, a Estrada do Sol.
Nenhum de nós havia feito esse caminho antes e as poucas informações que encontramos diziam que era uma estrada de terra mantida pela Petrobras ligando Salesópolis a Caraguatatuba. Mais importante ainda, havia observações de que poderia se tornar um pouco desafiadoa quando molhada. Mesmo com previsão de chuva, não nos preocupamos, pois estávamos totalmente confiantes de que nova L200 Triton que a Mitsubishi tinha nos oferecido tiraria de letra. Com um dos motores mais potentes na sua categoria e um pedigree 4×4 sem igual — agora também equipado com um bloqueio de diferencial central e traseiro, seria preciso um dilúvio para tentar nos impedir!
Era tudo o que esperávamos, uma trilha linda e remota serpenteando o caminho pela serra através da floesta, com algumas vistas, ocasionalmente, deslumbrantes do mar. Apesar de curtirmos um ritmo bem tranquilo, as curvas e a situação da estrada em alguns momentos exigem que se tome bastante cuidado. A estrada em si estava em boas condições, mas alguns trechos enlameados, com rochas e valetas bruscas, podem tornar o percurso complicado em dias de chuva. Um 4×4 com um bom vão livre é definitiamente recomendado. Como é praticamente desconhecida, é muito pouco utilizada e só vimos mais dois veículos 4×4 no sentido contrário, em busca da mesma diversão que nós!
Se você tiver tempo, procura uma boa experiência e uma estrada praticamente particular, sem dúvida vale a pena experimentar. Além disso, tem a vantagem de chegar pelo lado sul de Caraguá, já a caminho de São Sebastião e Ilhabela. Pode ser uma ótima opção nos feriados, quando a serra fia totalmente congestionada por horas!
A ILHA
De volta ao asfalto, chegamos rápido a São Sebastião e seguimos direto para pegar a balsa que nos leva à ilha. Normalmente partem a cada meia hora e como era um domingo à noite, não havia fila alguma. Vinte minutos depois já estvamos em Ilhabela. Nem sempre esse é o caso — às sextas-feiras à noite e em feriados há superlotação e você terá de enfrentar algumas horas de fila. ale a pena confero tempo de espera no site da Dersa ou, se quiser pagar um pouco mais, reservar a balsa com horário marcado.
lhabela é um pequeno arquipélago constituído pela grande Ilha de São Sebastião e várias outras ilhas menores, algumas habitadas e outras não. No entanto, a maioria das pessoas simplesmente se refere à grande ilha como Ilhabela, que é basicamente uma pequena mas alta montanha surgindo do oceano, chegando a mais de 1.000 metros em vários lugares. Praticamente todas as praias, hotéis e restaurantes são encontrados no lado oeste e uma única estrada de 30 km a percorre de cima a baixo ligando tudo e alcançando os extremos.
No lado leste, a história é bem diferente. É praticamente inabitada e apenas acessada a pé, de barco ou por uma trilha 4×4, que atravessa o Parque Estadual sobre a montanha até Castelhanos — um dos pontos mais espetaculares na ilha e obviamente nossa prioridade na lista de lugares para visitar.
No entanto, o primeiro dia estava chegando ao fim, então eguimos rumo ao norte, onde nos hospedamos no belo e confortável Hotel Real Villa Bella, perfeitamente localizado e muito próximo da pitoresca vila.
UM DIA CHUVOSO
Na manhã seguinte, estávamos prontos para pegar a trilha até Castelhanos. O céu estava sinistro, cheio de nuvens negras. Será que a chuva prevista para ontem estava chegando hoje? Parece que com hora marcada, o tempo que parecia nublado porém estável fechou de repente assim que chegamos à portaria do parque. Em poucos segundos a estrada viraria um sabão — o que até poderia ser divertido, se percorrido com cautela e segurança. Mas a ideia de passar o dia inteiro sentado em uma praia paradisíaca debaixo de chuva não nos parecia a melhor escolha.
Sendo assim, decidimos adiar o passeio para o dia seguinte e “acionamos” o plano B. Passeamos pela vila, fomos ao píer, conhecemos as lojinhas, bares, restaurantes e o novo e surpreendentemente impressionante museu. Depois do almoço, a chuva diminuiu e as coisas pareciam um pouco melhores. Sem perder tempo, dirigimos rumo ao norte da ilha até o “final da linha” e chegamos à Praia Jabaquara — uma das praias mais remotas e bonitas da ilha, mas também o paraíso dos borrachudos. Não se esqueça de se prevenir e passar um bom repelente ou experimentar a “poção local” chamada Citro Ilha. De qualquer forma, cuidado para não ser comido vivo!
Apesar do céu um pouco nebuloso, curtimos uma tarde agradável e aproveitamos a Jabaquara só para nós. Em um dia ensolarado, o programa perfeito seria tomar uma cerveja gelada e comer um petisco de peixe. Mas não foi desta vez. Retornamos ao carro e torcemos para que no dia seguinte o sol aparecesse.
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